26 DE NOVEMBRO DE 2023, DOMINGO

De 11h a 12h: Minioficina (público infantil a partir de 5 anos)

“Carimbaria: recriando imagens com elementos da natureza” 

O potente encontro da criança com a natureza desperta os sentidos e desenvolve o cuidado com o que lhes rodeia. Uma raiz pode ser uma linha ou um emaranhado de figuras geométricas. As folhas das árvores possuem curvas e contornos que lembram a palma da mão. As terras que compõem o solo possuem diversidade de cores e tons e podem ser transformadas em tintas. 

Nesta oficina, vamos aprender a extrair colorações da terra para criar nossa tinta natural, ou geotintas, e com outros elementos da natureza como sementes, folhas, galhos e frutas, vamos reconstruir desenhos a partir da criação de carimbos. 

Carimbaria é um convite à conexão com a natureza a partir da utilização de técnicas artísticas variadas, tendo como ponto chave os materiais orgânicos para experimentações e feituras. 

De 14h a 14h30: Visita temática 

“Paulo Nazareth e o corpo como território”

As obras do artista Paulo Nazareth foram expostas na primeira edição da Feira Livre de Arte Contemporânea, em 2017.

Artista conhecido por suas andanças pelo mundo, na obra “Notícias da América (2011/2012), ele nos apresenta anotações, retratos biográficos, desenhos, esculturas e performances documentadas durante uma viagem na qual o artista foi a pé de Santa Luzia, Minas Gerais, até Nova York, nos Estados Unidos, onde participaria de uma exposição. 

Em entrevista concedida a Audrey Furlaneto, Paulo Nazareth faz referência ao modo como percebe sua arte:

Existem as performances, mas é mais: é como eu me comporto diante do mundo. Posso decidir permanecer aqui no Centro de São Paulo ou posso me conduzir de uma outra maneira. O objeto de arte está na maneira como eu decido me conduzir, me comportar diante do mundo. É arte de conduta, arte de comportamento, performance expandida e, ao mesmo tempo, diluída. Não é um espetáculo, vai se misturando e se fazendo vida. (FURLANETO, 2013, s.p.)

A visita temática propõe uma conversa sobre o corpo território como um conceito na arte contemporânea brasileira, utilizando, como referência, o trabalho “Notícias da América”, do artista Paulo Nazareth, participante da FLAC 2017. 

De 16h a 16h30: Mediação de bolsa 

“Chronos e Kairós: Como nos relacionamos com o tempo nos dias atuais?”

Segundo Katia Canton, a noção de tempo é hoje um dos elementos mais importantes para se pensar a vida e a arte contemporâneas. O tempo contemporâneo perfura o espaço, substituindo a sensação cronológica por uma circularidade plena de efervescência e instabilidade. Turbulento, esse tempo parece fugaz e raso, achatado, espiralado, afetando inexoravelmente noções de história, de memória, de pertencimento. 

A experiência relacional com o tempo é percebida e discutida a partir de imagens que referenciam a instalação intitulada Posta, da artista Nydia Negromonte, exposta na 30ª Bienal de São Paulo. A obra, de 2012, foi realizada a partir do encapamento com argila crua de aproximadamente 90 quilos de hortaliças, reunidas sobre uma grande mesa de madeira.

A mediação de bolsa propõe ao visitante uma reflexão sobre o tempo na arte contemporânea a partir de uma bolsa cheia de objetos, imagens e trechos de textos disparadores para uma visita temática autônoma e investigativa. Ao final da visita, os visitantes entregam a bolsa ao educador, juntamente com suas sensações e apreensões oriundas dessa experimentação. 

De 18h a 19h30: Roda de conversa com Clara Rocha 

“Arte contemporânea e imediações: a ética do cuidado na arte”

“Quando aprendemos que a segurança está sempre na mesmice, então a diferença, de qualquer tipo, aparecerá como uma ameaça.” Bell Hooks

A ética do cuidado questiona as teorias morais tradicionais e se apresenta como uma prática aplicável à vida política e social e não limitada à esfera da família e da amizade. Buscamos explorar o conceito de cuidado no campo da arte relacionado ao trabalho reflexivo, às diferentes camadas que se constituem no contexto artístico, ao feminismo, ativismo e também as experiências comunitárias na arte. 

Clara Rocha tem pensado criticamente a arte dentro do ativismo e seus impactos comunitários e políticos em uma pesquisa de doutoramento na Goldsmiths University of London. Ela também criou o projeto The Family Moment, trabalhando com famílias para construir novas formas de praticar a parentalidade por meio de uma perspectiva mais respeitosa, lúdica, gentil e feminista. É graduada em Licenciatura em Artes Visuais na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e pós-graduada em Artes Plásticas e Contemporaneidade pela mesma universidade na Escola Guignard em 2012. Concluiu seu mestrado em artes visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais em 2013. Tem trabalhado na área de curadoria e consultoria de arte e educação desde 2013, orientando e acompanhando artistas e construindo diferentes tipos de experiências com exposições de arte no Brasil e no Reino Unido. Atualmente colabora com o grupo de pesquisa Observatório da Diversidade Cultural e no projeto Counterfield da Goldsmiths University.

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