SCHEILLA SSOL
Formada em Arte Educação com Habilitação em Artes Visuais pela Escola de Arte Guignard UEMG (2011), tem também nos quilombos e terreiros da vida sua formação completa de ser humano e artista. Atualmente é membro da Guarda de Congo treze de maio. Interessada em questões do feminino, desenvolve seu olhar atento às questões de raça e gênero, assim como é influenciada pelas culturas populares Brasileiras. Seu trabalho é autobiográfico, caminha pela arte relacional falando de afetos, de sua identidade pessoal e de seu país. Sua fonte de pesquisa são as artes e culturas populares de seu povo. Em suas obras, aborda as questões do ser humano e seus processos afetivos de perda, desejos, espiritualização, individualização. Se define como poetisa observadora de si, do outro e as relações dos corpos nos espaços.
Na FLAC Scheilla Ssol apresenta conjunto de trabalhos bidimensionais nos quais mescla materiais e cores que, para ela, remetem à densidade e entranhas da terra e ao interior do corpo da mulher. São suas referências os órgãos delicados das plantas, o sangue da menstruação da mulher, as cores pulsantes da África, além das figuras marcantes de mulheres artistas e figuras como sua mãe, benzedeiras, parteiras, rezadeiras e rainhas de congado. Testemunhando sobre seu trabalho, a artista diz ter “uma inquietação incessante por nossas condições enquanto seres humanos inter existentes, espirituais, por nossas identidades individuais dentro de coletivos e os espaços que nos circulam, colocando sempre minhas próprias dores, alegrias e vivências a prova”.
Exposições recentes: Artista selecionada para participar da Residência artística casa de Tupã na cidade de Iraquara Chapada Diamantina, com exposição final e coletiva (Chapada Diamantina, Bahia, 2017); Exposição Individual Crisálidas, realizada na casa da artista (Belo Horizonte, MG, 2014); Exposição Individual “Quando Verdejar” na Galeria Archidy Picado (João Pessoa, PB, 2011).