GABRIEL NAST
Artista visual autodidata, vem cavoucando há anos os personagens e símbolos afro indígenas da construção cultural do Brasil. Com tato arqueológico, incorpora em sua pesquisa os rituais, cria em suas fotografias, colagens, vídeos e pinturas, um processo intenso e contínuo de transmutação artística. Sustentado pela tríade fé / afeto / jogo, segue nas trilhas espalhando sementes, estampando tecidos, escrevendo nas paredes, se retratando, ao passo que se encontrando com os mais velhos, começa a perceber que o melhor é se Aterrar, assentar. Com especial interesse em etnografia e reverência às culturas originárias, elabora um repertório intuitivo sobre as manifestações de fé e as chamadas “festas populares”. Utiliza da linguagem da fotografia, do lambe-lambe, da serigrafia, da pintura e da instalação.
Na FLAC Gabriel Nast apresenta diversidade de trabalhos divididos em fotografia e gravura. Segundo o artista, a sua pesquisa vem trilhando caminho relacionado à materialidade da fotografia e sua expansão. Utiliza a madeira como elemento principal da construção de seus suportes, buscando uma linguagem que misture a fotografia, a pintura e a escultura. Nas gravuras, a pesquisa se desenvolve sobre o tecido, dialogando com sua maleabilidade e resistência, utilizando das técnicas da serigrafia, do stencil e da pintura e tendo como referência a linguagem dos tecidos africanos e os trabalhos de Emory Douglas e Glauco Rodrigues.
Exposições recentes: 2015 – III Semana de Fotografia de Belo Horizonte”, MG; “Campo minado dos afetos” – Museu de Arte contemporânea de Feira de Santana, BA; 2014 – Sobre Matérias e Memórias”, Ystilingue, Belo Horizonte, MG; 2013 – “Nast ocupa”, Oliveiras Bar – Salvador, BA.