Victor Galvão (Belo Horizonte, 1994. Vive e trabalha em São Paulo) é artista visual e trabalha com deslocamentos históricos de imagens. Entre a galeria, a sala de cinema e a composição musical, o principal interesse de seus projetos é pelo tempo, entendido tanto como dinamismo político-social e como fenômeno entrópico. Suas pesquisas se estruturam principalmente pela linguagem escrita, em intercessões narrativas entre o existencialismo e a literatura distópica. Cenas de paisagens urbanas e industriais, as marcas da ideologia do progresso e as heranças de um projeto decadente de modernidade são recorrentes em seus projetos, que utilizam de diferentes materialidades da imagem fotográfica, entre processos químicos, vídeo analógico e imagem digital. Realizou as exposições individuais 'As primeiras vezes que fui a Vênus' (2022), no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, ‘Arquipélago’ (2019) no CâmeraSete e ‘Horizonte-instabilidade’ (2016), no Memorial Minas Gerais Vale, ambas em Belo Horizonte. Participando de exposições coletivas desde 2012, foi um dos artistas organizadores da exposição ‘Ninguém me dirá quem sou nem saberá quem fui’ no espaço independente Mama/Cadela, em 2017. Na área do audiovisual, teve uma mostra dedicada a seu trabalho no festival internacional de videoarte Timeline#4, em 2018, em Belo Horizonte. Seus filmes foram exibidos nos festivais de curtas de Belo Horizonte e de São Paulo e em diversos festivais ao redor do mundo. Desde 2017 integra o coletivo Tarda, que trabalha com música e audiovisual, e lançou em 2020 seu álbum de estréia ‘Futuro’.