Habilitado em pintura pela Escola Guignard, onde fez licenciatura em Artes Plásticas, Alisson transita pelo campo da Arte Contemporânea explorando principalmente o vídeo arte, a performance e a pintura enquanto meios expressivos. Por meio de ações e objetos, busca propor relações entre corpo e presença. Atualmente, o artista vem produzindo trabalhos e ações onde busca aproximações entre a dança (danças urbanas, dança afro), culturas de matriz africana (capoeira angola), e o modelo de ensino presente nas instituições públicas e privadas, chamando a atenção para os corpos que se inserem nesses contextos. "Todas essas questões que dizem respeito ao modo como nos organizamos corporalmente em sociedade estão presentes nos trabalhos, ainda que não seja possível perceber em um primeiro momento. É necessário estarmos atentos e atentas para as sutilezas daquilo que nos alimenta e nos destrói." afirma. Deste modo, o artista aponta para uma beleza poética que parece não ter muito a ver com o assunto em questão enquanto critica e aponta um mal que por parecer invisível e já aceito pela sociedade, não costuma ser questionado. “Eu ainda acredito” é a semente plantada para o surgimento de um porvir onde cada um possa se desenvolver ao seu modo a partir de sua singularidade em um sistema que parece não abrir mão de um problema já estabelecido e aceito pela sociedade: o controle dos corpos pelo poder público e o estado.